sábado, 12 de maio de 2012

Apocalipse IX

O céu está sem nuvens, com um tom alaranjado. O número de mortos parece não acabar.
André- Estamos fodidos!
Eu- Cala-te! Olha para eles.
Eles vagueavam, sem rumo, à volta do celeiro.
Daniela- Eles não sabem que estamos aqui.
Eu- Quem é que se sente corajoso neste momento?
André- Em que é que estás a pensar?
Eu- Tenta correr até ao carro, e depois vens até aqui buscar-nos.
André- Posso atropelá-los certo?
Eu- Se ficas feliz com isso, força.
Ele inspira e suspira durante algum tempo, ganha lanço, e atira-se do telhado. Todos os mortos que ali se encontravam começam a persegui-lo.
Eu- CORRE CARALHO!!
André- CHUPAMOS Ó CABRÃO!!!
Ele começa a correr como um desalmado, e, talvez por me ter ouvido a berrar, um dos mortos olha para trás e começa a vir na nossa direcção.
Daniela- Este é meu.
Ela tira-me uma das soqueiras, e desce do telhado. Ele tenta agarrá-la, mas ela desvia-se, e espeta-lhe um soco nos cornos. Ele cai, e fica estendido imóvel.
Daniela- Isto foi fácil.
O morto levanta-se de repente, e agarra-a. Eu pego na caçadeira, e rebento-lhe os cornos.
Daniela- BATES MAL?! PODIAS TER ACERTADO EM MIM Ó CORNO!!
Eu- Não tens de quê.
Ouvimos tiros, e depois uma explosão. O som veio da direcção que o André tomou.
Eu- O que é que ele fez desta vez?
Pegamos nas coisas, e vamos a correr. Chegamos ao lugar da explosão, e vemos os corpos dos mortos, espalhados por todo o lado.
Eu- Ele fodeu-os a todos!!
Daniela- Bernardo...
Eu olho para ela. Ela aponta para um corpo. Aproximo-me do corpo, e é o André.
Daniela- Ele está morto?
Eu- Sim...
Ele levou um tiro na cabeça, e, cortado na cara, está escrito «César».
Eu- Como é que te deixaste matar, azeiteiro?
Daniela- E agora o que fazemos?
Eu- Pega nas armas dele. Vamos continuar.
Perdemos um companheiro de viagem. Agora vai ser tudo mais calmo sem as merdas que ele fazia. Eras um bom homem. Tiveste bem até agora.


BREVEMENTE
APOCALIPSE X


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